sábado, 14 de dezembro de 2013

* 20-4-2013 *
Acordei, tomei banho e fui encontrar-me com a Sara em frente à igreja. Ela voltava da casa do pai no Cartaxo. Tomamos direcção até ao pavilhão. O meu coração saltava com tanta força que poderia fugir-me pela boca a qualquer altura. Devido à minha inquietação não encontrava posição para estar naquele banco tão desconfortável, mas que ao mesmo tempo, dava tudo para lá ter ficado a vê-lo jogar para o resto da eternidade. 

À entrada do pavilhão encontrava-se a mãe do namorado da minha amiga e a mãe dele. Será que ela sabia quem eu era? Não sei, mas sei que as borboletas assaltaram a minha barriga no momento em que a vi e só fiquei mais trapalhona do que eu já era.
Deu-se o inicio, ele jogava mesmo junto às bancadas, tão pertinho de mim... perguntava-me se ele se sentia intimidado por estar presente e assim sendo preferia não partilhar contacto visual com ele mas isso não me impedia de tirar os olhos de cima dele, afinal de contas era o meu namorado, o meu menino e eu estava ali por ele e por mais ninguém. Assim se deu o jogo, ainda foi ao banco e voltou ao campo de batalha. Mas os "guerreiros" perderam.
Mas e então? Deu-se o nosso almoço de pizza em que foram as meninas quem mais comeu, a nossa tarde de Hangover em que não prestei atenção alguma ao filme pois os braços dele estavam em volta do meu corpo e só isso faz a minha cabeça se inundar de pensamentos e de felicidade.

Nesse dia obriguei-o a cumprimentar-me com um beijinho na cara perante os pais dele, por respeito. Ele dizia que não havia mal, mas não queria saber, eram os pais dele e não queria ficar mal vista perante eles. Afinal de contas penso que nenhuma rapariga o quer. Mas rapidamente me rendi ao abraço dele, aos lábios dele...

Hoje, 14 de dezembro de 2013, qual terá sido a reacção dele quando me viu a a aplaudir a sua equipa? O que terão dito os seus companheiros? E os pais? Ninguém sabia que iria estar presente, foi tudo planeado para que ele fosse apanhado de surpresa. Provavelmente consegui.
Não acompanhei o que aconteceu, pois em contrário ao outro jogo a que fui assistir, desta vez preocupei-me em seguir a bola em vez de olhar para ele com medo que alguém fosse reparar, quando dei por mim, ele estava a gritar com o adversário e a minha amiga disse-me "magoaram-no na boca". Senti um aperto enorme no peito as minhas palavras foram "Calma boo." seguidas por um "Tadinho" repetidas dezenas de vezes e concluídas por "Estou preocupada com ele.". Voltou para ao balneário e regressou ao jogo agarrado à boca.
Olhei uma vez para ele e estava de cabeça baixa sentado no banco, será que eram dores, a pensar sobre ali estar ou outra coisa qualquer? Sou uma pessoa que gosta de pensar em todas as hipóteses mas que prefere ficar a pensar na que lhe mais agrada, dando-se assim as desilusões. E provavelmente se obtivesse uma resposta, penso que seria isso que iria acontecer. Mais uma desilusão.
Em diferença com o dia a cima referido, desta vez não houve abraços, nem beijos, nem mimos. Houve duas pessoas que se cumprimentaram e despediram com dois beijinhos, que estiveram lado a lado mas que se trataram com indiferença, como desconhecidos. A vontade que tive de me agarrar a ele com toda a força que tenho e implorar que me perdoasse. Cheguei a ser assombrada com lágrimas, mas rapidamente as dominei.

Deixo-o sentir a minha falta, não deixo de lutar.


Num dia é possível (re)viver e (re)lembrar tantas memórias.
mas porque tenho a impressão que tudo isto só mexeu comigo e que só ando a criar coisas na minha cabeça?





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